9/06/2005

Mangueira - sambas do Rody e do Rubens

Os sambas do Rody e do Rubens propõem um estilo de samba-enredo diferente do que está aí. Mas o problema é que o diferente, no caso deles, não representa um novo estilo, mas um velho. E "a fila anda", como se diz por aí. Então que esse estilo de samba-enredo não cabe mais nos dias de hoje. Mas marca uma posição, e são dois sambas bem antenados com o estilo de samba da escola nos anos 70. Uma posição saudosista, nostálgica, contra "a evolução da espécie", contra "o rumo das coisas". Propõem um samba que não existe mais. Ou seja, ao invés de propor uma atualização desse antigo estilo de samba, se limitam a repetir o antigo. Então mostram que pararam no tempo. Ou que querem que o tempo volte, o que é impossível. Feliz ou infelizmente.
A gravação dos dois, esp a do Rody, coloca isso de forma muito clara. A gravação é como as gravações antigas. Até o estilo de gravação tentaram resgatar.

Não deixa de ser comovente, e gostoso poder ouvir dois sambas diferentes, poder sentir um pouco um gostinho daqueles sambas de antigamente. Mas - repetindo o bordão -, feliz ou infelizmente, a fila anda...